quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A Criação do Estado de Israel As origens do conflito árabe-israelense


Quatro mil anos a. C., os cananeus, um povo semita procedente do interior da península Arábica, instalaram-se em uma terra conhecida como Canaã, que mais tarde seria chamada de Palestina. Nesta época, os jebuseus, uma das tribos dos cananeus, levantaram um povoado chamado Urusalim (Jerusalém), a “cidade da paz”.
Por volta de 2000 a. C., outra tribo semita nômade, os hebreus, passou pela Palestina conduzida por Abraão. Sete séculos mais tarde, 12 tribos hebreias voltaram à região, procedentes do Egito, sob o comando de Moisés, travando violentos combates pela posse da terra. Segundo o Novo Testamento da Bíblia, a denominação “hebreu” designa os judeus residentes na Palestina.
Após ser parte do império de Alexandre Magno no século 4 a C., a Palestina foi dominada pelo Império Romano por volta de 63 a. C.. Nessa época, os judeus foram duramente reprimidos pelos romanos que os expulsaram da região por volta de 135 d.C.. Esse episódio ficou conhecido na História como diáspora hebraica.
A dominação de Roma e depois do Império Bizantino – o Império Romano do Oriente –estendeu-se até o ano de 611, quando os persas tomaram a região. Os árabes, um povo semita procedente do interior da península, conquistaram a Palestina no ano de 634. A fé islâmica e o idioma árabe unificaram os povos semitas, excetuando-se os judeus. Com algumas exceções, a Palestina ficou sob domínio de governos árabes islâmicos durante um milênio e meio. Em 1516, o Império Otomano conquistou Jerusalém, mantendo sua hegemonia na região até 1919, quando foi derrotada na Primeira Guerra Mundial. A partir desse ano, a região passa para o domínio da Inglaterra.
Desde finais do século 19, nas províncias árabes do Império Otomano, desenvolveram-se movimentos nacionalistas que reivindicavam a autodeterminação da população nativa através de sua identidade árabe. A onda de nacionalismos também teve sua vez entre os judeus. Em 1896, o jornalista Theodor Herzl publica Der Judensataat (O Estado judeu), marcando o início sionismo, que aspirava à criação de um Estado nacional na Palestina para os judeus dispersos no mundo.
Durante a Primeira Guerra Mundial, França e Inglaterra firmam um pacto e dividem a região. A Palestina fica sob o domínio britânico, que passa a transmitir seu desejo de ajudar na fundação de uma nação judia na região.
Em 1919, aumentam os confrontos entre judeus e palestinos. A tensão desemboca em revoltas e atos terroristas, acentuados pelos processos de independência que deixam a Palestina como o único território do antigo Império Otomano sem se emancipar. Com a garantia da Inglaterra, com o apoio do movimento sionista e com a ajuda financeira de judeus norte-americanos, 350 mil judeus, muitos vítima do holocausto nazista, estabelecem-se na região entre 1919 e 1942.


Rapidamente o anti-sionismo espalha-se entre a população palestina, fruto, além da questão religiosa e da posse da terra, da desigualdade existente entre as duas comunidades. Os palestinos, com uma economia de subsistência, não conseguiam competir com os altos recursos financeiros dos judeus. Assim, muitos palestinos venderam suas terras a judeus por não conseguirem competir com os rendimentos agrícolas de suas terras.
Em 1939, durante uma conferência sobre a questão palestina realizada em Londres, o governo britânico, pressionado pelos países árabes e pelo clima de revolta que envolvia a Palestina, lançou o chamado “livro branco”, documento que limitava a imigração de judeus à região.

A explicação bíblica

O primeiro livro do Antigo Testamento, Gênesis, traz a história de Abraão, filho de Noé, escolhido por Deus para ser patriarca de um grande povo:
A ti (Abraão), e à tua raça depois de ti, darei a terra em que habitas, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e serei o vosso Deus.
Deus disse a Abraão: Quanto a ti, observarás a minha aliança, tu e tua raça depois de ti, geração em geração. E eis minha aliança que será observada entre mim e vós, isto é, tua raça depois de ti: todos os vossos machos sejam circuncidados. Fareis circuncidar a carne de vosso prepúcio, e este será o sinal da aliança entre mim e vós. Quando completarem oito dias, todos os vossos machos serão circuncidados, de geração em geração.
(Gênesis: 17, 8-12)
Seguindo as ordens divinas, Abraão transfere-se com toda a sua família para Canaã, a terra prometida por Deus. Segundo a Bíblia, Deus prometeu-lhe que sua mulher, Sara, estéril e já com mais de 80 anos, lhe daria um filho. Entretanto, para assegurar sua descendência, Abraão teve um filho, Ismael, com sua escrava Agar. Porém, logo após nasceria Isaac, fruto da relação com sua esposa. Por ordem de Sara, Abraão expulsou Agar e Ismael de sua casa, que passaram a perambular pelo deserto. Devidamente circuncidado, Issac torna-se herdeiro oficial da comunidade judaica, ao passo que seu meio-irmão Ismael se torna o ancestral dos ismaelitas, em quem os muçulmanos têm sua origem.

A ideia de criação de um Estado judaico vem já do séc. XIX do movimento sionista e foi apresentada pela primeira vez por Theodor Herzl no Congresso Sionista de Basileia Durante a Segunda Guerra Mundial, foram mortos seis milhões de judeus; milhões foram roubados; sua cultura e sua sociedade foram mutiladas.
Este holocausto quase inacreditável reforçou a ideia do movimento sionista, que pregava a criação de um Estado nacional para os judeus. Daí chegou-se à fundação do Estado de Israel, em 1948.
Quando o Estado de Israel foi criado, a Palestina era governada pela Inglaterra desde 1916. Poucas horas antes de se esgotar o mandato inglês sobre a Palestina, no dia 14 de maio de 1948, foi criado o Estado de Israel.
Desde o século treze, até 1916, o império turco-otomano controlava todo o Oriente Médio. Com sua derrota na Primeira Guerra Mundial, a Grã-Bretanha e a França assumem o controle sobre o Oriente Médio, que é dividido em vários Estados separados: Iraque, Síria, Jordânia, Líbano e Palestina.
Um ano mais tarde, pela Declaração de Balfour, os ingleses prometiam aos judeus um lar na Palestina. Era a concretização de um sonho que Theodore Herzl acalentava: que os judeus tivessem uma terra onde pudessem se sentir livres.
Em 1922, a Liga das Nações havia aprovado a ideia da criação de um Estado judeu na Palestina, embora não se cogitasse ainda a de um Estado independente e soberano. Esta ideia só surgiu mais tarde. A imigração de judeus se intensifica. Só que, até aquele momento, a população nativa - os árabes - não havia sido consultada.
A Alemanha de Hitler declarou que era chegada a hora da "solução final", que significava a total aniquilação dos judeus. Com isso, aumentou o número de judeus que fugiam para Israel.
Para os judeus, a Palestina é a terra prometida. Levam para lá todo o seu potencial financeiro e tecnológico e começam a construir um país.
Mas, a região já estava ocupada por uma sociedade de cultura e tradição tão antigas quanto às dos recém-chegados, com a diferença que, no Oriente, 65% da população é pobre e analfabeta.
O Problema da criação de um estado judaico na Palestina foi apresentado à ONU pela Grã-Bretanha que administrava a região desde o fim da I Guerra Mundial. Os árabes consideravam ser aquela a sua pátria de há séculos e não admitiam dividir o seu território com os judeus.
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, a ONU propõe a divisão da Palestina em dois Estados: um Estado árabe e um Estado judeu, estipulava fronteiras, criava regras para o período de transição e pretendia que surgisse ali uma comunidade económica entre os dois novos países.

A União Soviética e os países árabes rejeitam a proposta.

O Projeto acabou aprovado na Assembleia Geral das Nações Unidas por 33 votos a favor (Austrália, Bélgica, Bolívia, Brasil, Canadá, Checoslováquia, Costa Rica, Dinamarca, EUA, Equador, Filipinas, França, Guatemala, Haiti, Holanda, Islândia, Libéria, Luxemburgo, Nicarágua, Noruega, Nova Zelândia, Panamá, Paraguai, Peru, Polónia, República Dominicana, Suécia, Ucrânia, União Sul Africana, URSS, Uruguai e Venezuela) e 13 contra (Afeganistão, Cuba, Egipto, Grécia, Índia, Irão, Iraque, Líbano, Paquistão, Arábia Saudita, Síria, Turquia e Iémen ) e 10 abstenções (Argentina, Chile, China, Salvador, Etiópia, Honduras, Jugoslávia, México e Reino Unido).
Percebe-se que na votação os países mais diretamente interessados, ou votaram contra (caso dos países muçulmanos ), ou abstiveram-se (caso do Reino Unido ).
Os representantes árabes quando souberam os resultados abandonaram a sala de sessões como sinal de protesto. No dia seguinte distribuíram uma declaração que dizia: "....que tinham repetidamente afirmado que a assembleia Geral ou qualquer outro órgão das Nações Unidas tivesse qualquer direito a decretar a partilha da Palestina. Consideram que a resolução adoptada por maioria na Assembleia excedia o mandato atribuído aos membros das Nações Unidas pela Carta, que era a única fonte válida de qualquer autoridade que eles pudessem ter. Declaram solenemente a sua convicção de que o voto a respeito da Palestina foi dado sob grande pressão." e Terminam dizendo:
"Nós, sinceramente, cremos firmemente que a consciência do mundo não tolerará as terríveis consequências que inevitavelmente se seguirão, se nada se fizer para remediar a injustiça sem igual que foi feita aos árabes. É digno de atenção que aqueles que não apoiaram esta fantástica resolução incluem todas as nações do Oriente que estão directamente ligadas a este assunto e cujo número sobe a mais de mil milhões de pessoas. Nós confiamos que através da firmeza do povo árabe e pela crença em Deus e na justiça da nossa causa, o nosso direito prevalecerá."
Para os judeus, que haviam escapado ao holocausto, Israel é, afinal, o paraíso que tanto esperaram. Para os palestinos, é uma grande injustiça permitir-se que sua terra seja ocupada por gente recém-chegada.

Discurso de Ben Gurion quando da criação do Estado de Israel

David Bem Gurion, Secretário-Geral do Partido Trabalhista judeu lê a Declaração do Estabelecimento do Estado de Israel recordando que tanto a Declaração de Balfour, como a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas tomada a 27 de Novembro de 1947, reconheciam ao povo Judeu o direito de constituir o seu próprio estado na Palestina, acabando seu discurso dizendo "decidimos, devido ao nosso direito histórico, natural e por força da decisão da Assembleia Geral das Nações Unidas no estabelecimento de um Estado Judaico em Erets-Israel que passará a usar o nome de estado de Israel"

Texto de Proclamação

Tel-Aviv, 14 – (A.F.P.) – É o seguinte o texto da proclamação do Conselho Nacional, sobre o estabelecimento do Estado Judeu da Palestina:
“Nós membros do Conselho Nacional, representando o povo judaico da Palestina e o movimento sionista mundial, reunidos em assembléia solene, hoje, data do fim do mandato britânico, proclamamos o Estado Judaico da Palestina, sob o nome de Estado de Israel.
A proclamação do Estado Judaico é feito em virtude dos direitos naturais e históricos do povo judeu e da resolução da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, datada de 29 de novembro, de 1947.
Declaramos que, depois da noite de hoje e até que os organismos constitucionais, cuja eleição deverá ser efetuada antes de outubro de 1948, entrem em função, o Conselho Nacional agirá como Assembléia Provisória do Estado, estando a partir de hoje a Administração Nacional assegurado pelo governo provisório judaico do Estado de Israel.
O Estado de Israel está aberto á imigração dos judeus dispersados em todos os países. Ele garantirá o desenvolvimento do país, para o benefício de todos os seus habitantes.
O regime do novo Estado será fundado sobre a liberdade, a justiça e a paz, de acordo com o ensinamento dos profetas judeus. Nele, os cidadãos desfrutaram de todos os direitos, sem distinção de raça, origem ou sexo.
A salvaguarda dos lugares santos e santuários de todas as religiões será garantida conforme a Carta das Nações Unidas. O Estado de Israel está pronta para colaborar com a O.N.U. na aplicação da resolução de novembro último, e para a realização da união econômica de toda a Palestina.
Pedimos às Nações Unidas que auxiliem o Estado de Israel a obter seu lugar na família de todas as nações e povos. Precisamente no momento em que a sua agressão se desenvolve, fazemos um apelo aos árabes, em nome do Estado de Israel, para que voltem ao caminho da paz, garantindo-lhes que terão direitos iguais aos dos cidadãos judeus e que serão representados em todos os corpos constituídos. Oferecemos, assim, a paz de todos os Estados vizinhos.
Seis milhões de judeus foram perseguidos, exterminados e dispersados pelos nazistas e, em nome do novo Estado, reclamamos para os sobreviventes o direito de se virem se instalar no nosso país, ao qual permaneceram fielmente ligados, depois de milhares de anos de um longo e amargurado exílio.
Diante de Deus, todo poderoso, juramos sobre esta declaração, feita no dia de hoje, na cidade de Tel-Aviv, como mandatários do Estado de Israel”.
Fonte: Jornal A Tribuna - 15 de maio, 1948 - Via pensamentostextos
Os ingleses se retiram e, imediatamente, o Egipto, o Iraque, a Jordânia, o Líbano e a Síria atacam Israel. E são derrotados em poucos meses.
As fronteiras demarcadas pelas Nações Unidas, ocupadas pela força das tropas Judaicas encontravam-se cercadas pelos exércitos muçulmanos da liga Árabe, prontas a esmagarem o novo Estado logo que este fosse proclamado.
À meia noite do mesmo dia o Estado de Israel era criado oficialmente. Minutos depois, a liga Árabe (Tranjordânia, Egipto, Iraque, Síria e Líbano) invadiam o novo Estado. Os E.U.A. foram a primeira nação a reconhecer Estado de Israel como um pais independente. O exército árabe era mais numeroso e melhor armado mas os judeus eram mais disciplinados e mais bem chefiados e lutavam pela sobrevivência. Por isso conseguiram resistir o tempo suficiente para receberem reforços em armamento e treinar jovens de ambos os sexos para defrontar os árabes que não esperavam grande resistência e subestimaram os árabes. Resultado desta guerra de 1948/49: vitória israelita que conseguiu além de expulsar os árabes, aumentar em 1/3 o seu território.
As ações de bastidores dos Estados Unidos da América, por sua vez, geraram desdobramentos até à véspera da retirada britânica – e reverberaram, curiosamente, menos nas Nações Unidas do que entre o Conselho Provisório de Estado sionista. Até o início deste ano, os americanos acreditavam que a divisão da Palestina aconteceria de forma cirúrgica. Contudo, a escalada das hostilidades e a pressão da Liga Árabe em Washington e nas companhias de petróleo – que controlavam, em dados do ano passado, 42% das reservas do Oriente Médio e desenvolviam planos de expansão – levaram os americanos a rever paulatinamente sua posição pró-sionista e recomendar, em 19 de março, a suspensão da partilha, para horror da Agência Judaica. Warren Austin, embaixador dos EUA no Conselho de Segurança, sugeriu que fosse adotada uma administração conjunta da ONU na Palestina.
Mal recebido pelas outras delegações, o plano foi considerado um ataque à autoridade das Nações Unidas. A União Soviética, mantendo sua posição pró-partilha, protestou, argumentando que os Estados Unidos estavam preocupados apenas com o petróleo árabe e que não havia bases legais para sustar o plano aprovado em novembro. Indignado, o secretário-geral da ONU, o norueguês Trygve Lie, propôs que tanto ele como o representante americano renunciassem aos respectivos postos em protesto à afronta – ação negada por Austin. Na virada do mês, a Liga Árabe e a Agência Judaica rechaçaram oficialmente o plano de administração conjunta por um ano – mas os Estados Unidos não desistiram, clamando ainda por uma trégua temporária.
Setecentos e cinqüenta mil palestinos têm de abandonar o país e são exilados. Neste êxodo, nasce outro povo. É o início de um novo drama: o dos refugiados palestinos.


A 1ª guerra Árabe-Israelense

Com a declaração de independência de Israel, às quatro da tarde do dia 14 de Maio, começa a primeira das guerras entre esse recém nascido país e os seus vizinhos árabes.
Nascido de um confuso, conturbado e pouco claro processo o Estado de Israel foi criado de tal forma que a sua criação implicou a necessidade de retirar aos palestinos parte dos territórios que estes tradicionalmente ocupavam deste tempos bíblicos.
A criação do Estado de Israel, atraiu por isso a raiva e ódio dos povos árabes, que consideraram que a criação daquele Estado era uma usurpação.
O Estado de Israel nasceu às 16:00 do dia 14 de Maio. Nessa altura terminou o mandato britânico para a Palestina.
Por volta das 16:15, ainda se ouviam os ecos da declaração de independência lida por David Ben Gurion e ouviram-se os alertas de ataque aéreo.

O plano Árabe:

O ataque Árabe a sul, foi efectuado por duas brigadas do exército egípcio, cada uma delas com 5.000 homens. Uma das brigadas tinha como objectivo atacar Tel-Aviv e a outra atacaria Jerusalem.
A leste, as forças da Transjordania (actual Jordania) igualmente constituídas por 5.000 homens treinados por oficiais britânicos atacaram directamente o centro de Israel com o objectivo de ocupar a Cisjordânia e cercar Jerusalém.
A norte, o ataque foi efectuado por forças conjuntas da Síria (4.000 homens, apoiados por tanques franceses R-35) , Líbano (2.000 homens) e Iraque (7.000 homens), que atacariam em direcção a Haifa, dirigindo-se depois para Tel-Aviv onde efectuariam a junção com as forças do exército egípcio.
Em Israel, e perante as ameaças árabes de protagonizar o que as emissoras de rádio e os jornais daqueles países descreviam como um «Massacre Mongol» a solução foi jogar mão de todos os recursos disponíveis. De uma população de 600.000 pessoas, os israelitas tinham 60.000 soldados.Mas Israel praticamente não tinha armas quando a independência foi declarada.
Quando a invasão se iniciou, os 60.000 militares tinham apenas 10.000 espingardas, 4 canhões de um modelo anterior à I Guerra e 3600 espingardas-metralhadoras.
A movimentação árabe começou na madrugada de 14 para 15 de Maio.
Os egípcios, convencidos de uma batalha fácil, enfrentaram inesperada resistência dos Kibutz que tinham sido transformados em pequenos fortins eriçados de arame farpado.
Preparados para chegar a Jerusalém em apenas alguns dias, as deficiências egípcias começaram a notar-se logo no segundo dia de combates.
As munições começaram a faltar aos egípcios, e a alimentação começou a falhar. Sem capacidade logística adequada, a avançada egípcia parou logo no inicio.
Já na frente oriental, as forças da Jordânia, muito mais disciplinadas, melhor preparadas e armadas avançam cumprindo os planos previstos. Jerusalém ficou cercada pelos jordanos que ocuparam a principal estrada de acesso a Jerusalém, sem que as forças de Israel as conseguissem desalojar depois de várias tentativas. Jerusalém estava condenada e teria que render-se aos jordanos.
Em desespero de causa, os militares de Israel, tentam um planos de emergência, construindo uma estrada através de uma região de acesso extremamente difícil. Tão difícil que os jordanos nem se preocuparam em evitar a sua construção.
Mas a estrada acabaria por se revelar decisiva.
Em 11 de Junho, após 24 dias de cerco pelas forças jordanas, o exército de Israel consegue furar o cerco e abastecer a cidade.
Nesse mesmo dia, uma trégua foi patrocinada pelas Nações Unidas que duraria quase um mês, até 8 de Julho.
Quando os confrontos recomeçaram porém, Israel tinha tido tempo para receber muitas das armas que tinham sido compradas antes do dia da independência e que não tinham conseguido chegar a Israel.
Muitas unidades foram criadas à pressa, algumas delas constituídas por refugiados judeus que tinham saído da Europa e os armamentos distribuídos.
Era a vez de Israel atacar.
Numa ofensiva que durou dez dias as forças de Israel atacaram a norte sírios, libaneses e iraquianos. Ocorreram várias tréguas durante o resto do ano de 1948, mas violações de parte a parte, acabaram dando a Israel a possibilidade de recuperar todos os territórios que tinham sido tomados pelos árabes.
A vitória de Israel no conflito era clara e esta guerra, afirmou a existência do novo Estado.


2 comentários:

  1. muito bem explicado parabens!

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  2. Isso é um absurdo, voce abandona uma terra, e depois de mais 100 anos querem voltar e se acham donos.

    Uso capião, já ouriam falar?

    O certo seria sentar com todos os envolvidos e chegar em um acordo, sem mortes.
    Voces não acham que já morreu muita gente?
    eRA UMA TERRA QUE NINGUÉM LIGAVA PARA ELA, ATÉ a segunda guerra mundial, somente depois lembraram dela.
    Pensem, todos voces tem o direito de ter um lugar para chamar de pátria, e os outros também, entrem em um acordo, chega de guerras e mortes desnecessárias.
    DEUS dos dois lados, que é um só vê todos osndias essa barbaria.
    Não façam comos outros o que fizeram com voces na segunda guerra mundial.LEMBRAM-SE? ACHO que não foi nada bom...

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