sábado, 10 de outubro de 2009

Missionário Manoel de Mello






Missionário Manoel de Mello


Nascido em 20 de agosto de 1929, no Município de Água Preta, no Estado de Pernambuco, o então jovem Manoel de Mello, apelidado de Neco pela família, desde a sua infância vivia às voltas com a pregação do Evangelho de Jesus Cristo. Já aos 11 anos pregava em auditórios com mais de 100 pessoas, que vibravam com suas preleções inflamadas pelo Espírito Santo.
Sabia, desde a infância, que Deus tinha um plano em sua vida e, em 1947, partiu para São Paulo, certo de que a cidade grande lhe traria maiores condições de concretizar aquilo que o Senhor lhe determinava. Sofreu muito pela falta de conhecimento da cidade, mas Deus preparou as pessoas certas para formar seu círculo de amizades. Através desses amigos foi apresentado na Igreja Evangélica Assembléia de Deus, onde foi consagrado Diácono.
Manoel de Mello trabalhava durante o dia como mestre de obras e à noite pregava em todas as igrejas para as quais era convidado. No ano de 1952 recebeu um grande milagre em sua vida. Após ser acometido de uma paralisia intestinal e desenganado pelos médicos, foi ungido com óleo e curado em nome de Jesus. Já conhecido como pregador, Manoel de Mello recebe o convite para fazer parte do trabalho de evangelização dos Missionários americanos no Brasil, A Cruzada Nacional de Evangelização, dirigida pelo Reverendo Harold Willians, da Igreja do Evangelho Quadrangular nos Estados Unidos, e é consagrado a Pastor.
A vida do Missionário Manoel de Mello se baseou na incansável busca do plano de Deus em sua vida, sobre o qual teve conhecimento desde a sua infância. Em 1955 deu o grande passo para a concretização desse plano, ao iniciar um grande Movimento de Avivamento Espiritual no Brasil, que tinha como objetivo evangelizar e levar a salvação, a libertação e a cura em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo a todas as criaturas.


Manoel de Mello, durante uma concentração de Fé na Pompéia

Igreja de Jesus Betel foi o nome como se tornou conhecido esse movimento no início, mas a partir de 1956 foi adotado o nome queleva até hoje: Igreja Evangélica Pentecostal O Brasil para Cristo. Não há como falar de O Brasil para Cristo sem conhecer a história das tendas queimadas, do tabernáculo destruído, das grandes concentrações em praças públicas, das multidões que se aglomeravam no Teatro de Alumínio e no Cine Universo, das grandes Cruzadas Evangelísticas que o Missionário empreendeu pelo Brasil, dos programas de rádio “A Voz do Brasil para Cristo”, através da Rádio Piratininga e da famosa Rádio Tupi e a história da construção do grande Templo da Pompéia, por muito tempo considerado o maior templo evangélico do mundo.
Atraídas pelo carisma do pregador, milhares de pessoas se deslocavam para onde quer que o pregador estivesse, para ouvir as suas pregações inflamadas e cheias do Espírito Santo. Aumentava a cada dia o número de pessoas que aceitavam a Jesus como seu Salvador através de suas mensagens. Incontáveis eram os testemunhos de graças recebidas e curas alcançadas nessas campanhas evangelísticas que o Missionário levou para outros Estados Brasileiros, sempre com a mesma repercussão. Muitos Pastores em todo o Brasil procuraram o Missionário Manoel de Mello para se unir a ele, assim como suas Igrejas, a exemplo do também saudoso Pastor Olavo Nunes, do Rio Grande do Sul, que veio a se tornar um grande expoente de nossa obra. Dessa maneira a obra se expandiu por todo o Brasil.


Grande Concentração de Fé em Praça Pública

Mas crescer tem um preço e a fama adquirida pelo Missionário Manoel de Mello, assim como o enorme crescimento evangélico por ele provocado no país, não agradou a muitos. Começavam as perseguições. Tendas foram queimadas e reduzidas a cinzas, depois foi a vez do tabernáculo construído na Avenida Álvaro Ramos, que foi destruído a mando do Prefeito da Capital de São Paulo, pressionado pelo clero católico, que empreendeu uma verdadeira campanha difamatória contra o Missionário. Por conta disso o Missionário Manoel de Mello foi preso 27 vezes, com acusações de charlatanismo, de curandeirismo e também por denunciar em fóruns internacionais a prática da tortura no regime militar brasileiro.
Mas o povo de Deus se levantava a cada uma dessas prisões, em defesa do seu líder e os inimigos não obtiveram vitória em sua empreitada, nem mesmo quando as infâmias e as mentiras se tornavam alvo da imprensa falada e escrita da época. O Missionário nunca foi condenado. Ao contrário do que seus opositores queriam, foi considerado nacional e internacionalmente como um dos maiores pregadores de todos os tempos e o responsável pelo reavivamento espiritual no Brasil nas décadas de 50, 60 e 70 do século XX.
O Missionário Manoel de Mello fez parte do Conselho Mundial de Igrejas, órgão ecumênico voltado para a defesa dos direitos humanos no mundo e do seu Comitê Central, cargo exercido somente por grandes líderes mundiais. O Missionário Manoel de Mello era um homem de hábitos simples e pouco estudo.
Desde criança se dedicou quase que unicamente aos estudos bíblicos, inicialmente com o Pastor e Teólogo João Mendes e depois transformando essa busca de conhecimento bíblico numa constante em sua vida, assim como também o estudo dos grandes movimentos evangélicos no mundo e a história de seus líderes.
Poucos se atreviam a travar com ele qualquer tipo de discussão a respeito de atualidades e política nacional e internacional, pois era um profundo conhecedor desses assuntos, graças ao hábito da leitura. Era um homem de pouca estatura, mas a sua personalidade forte, o seu carisma, a sua influência sobre as massas e o seu conhecimento a respeito dos problemas mundiais causavam um grande impacto nas pessoas das mais variadas culturas e classes sociais e mesmo nas autoridades, como Presidentes da República, Ministros, Congressistas, vários dos quais o procuravam com freqüência.
Com muitos deles mantinha relações de amizade, como o Presidente Juscelino Kubitschek. No mundo todo foi recebido por diversas autoridades, como o Presidente americano Jimmy Carter. O Missionário pregou em dezenas de países e teve seu nome e seu ministério no Brasil noticiado pelas redes de televisão Americanas, Inglesas, Suecas e Alemãs, pelo jornal americano The New York Times e pelo francês Le Monde, entre outros, e pela revista brasileira Veja, que pela primeira vez trouxe na sua foto de capa um ministro evangélico - o Missionário Manoel de Mello. Seu nome e sua obra foram citados em várias obras literárias, inclusive na conceituada Enciclopédia Delta Larousse.
O Missionário teve sempre a seu lado o apoio da família. Sua esposa Ruth, companheira e co-fundadora de nossa obra, seu filho primogênito Evangelista Boaz Alberto de Mello, sua nora Valéria e sua neta Vanessa; e seu filho Pastor Paulo Lutero de Mello, sua nora Sibele e seus netos Paulo e Fernanda. Em 5 de maio de 1990 resolveu Deus recolher para si este grande servo. Autoridades Civis e Eclesiásticas de todos os lugares, inclusive da Igreja Católica, manifestaram seu respeito e grande apreço por ele.


Inauguração do Grande Templo da Poméia, Sede Nacional da Igreja "O Brasil Para Cristo"

Tudo começou em 1955, quando Manoel de Mello – um pregador de apenas 26 anos oriundo das igrejas Assembléia de Deus e Quadrangular – reuniu em sua casa cerca de 40 irmãos e amigos a fim de compartilhar uma visão “que havia recebido de Deus” ainda na infância. Mello desejava ansiosamente organizar um movimento evangelístico de cura e libertação em toda a nação brasileira. Apesar da idéia um tanto utópica, o grupo empenhou esforços e em poucos dias passou a realizar cultos em uma tenda improvisada na vila Carrão, um bairro pobre da capital paulista, sob o nome Igreja de Jesus Betel – O Movimento do Caminho.



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