sábado, 10 de outubro de 2009

Nasce uma grande obra no Brasil



Logo Oficial da Igreja O Brasil Para Cristo

Fundada em 1956 pelo missionário Manoel de Mello, a Instituição - que começou como um ‘movimento itinerante de evangelismo, cura e libertação’ – quebrou paradigmas religiosos, enfrentou a censura do regime militar e por fim se notabilizou como uma das maiores denominações evangélicas do país.

Programa ‘A Voz do Brasil Para Cristo’

No ano seguinte, Mello inicia um projeto paralelo de evangelismo. Desta vez através do rádio, uma iniciativa bem-sucedida que populariza imediatamente o seu ministério. Numa atitude visionária, mesmo frente às críticas da liderança cristã que considerava o rádio um instrumento profano, o missionário, juntamente com o pastor Alfredo Rachid Góes, adere ao evangelismo radiofônico e, através da emissora Piratininga de São Paulo, conquista um número expressivo de ouvintes. O programa é um sucesso e logo A Voz do Brasil para Cristo passa a ser veiculado internacionalmente pela Rádio Tupi, permanecendo no topo das pesquisas de audiência por 34 anos consecutivos.
Mal os trabalhos haviam começado e a igreja é intimada a providenciar a legalização do estabelecimento. Assim, no dia 3 de março de 1956, a instituição, unida a mais três denominações independentes, oficializa o início das atividades evangelísticas, deixa de se chamar Igreja de Jesus Betel e, devidamente registrada, passa a ser denominada Igreja Evangélica Pentecostal. O lema “O Brasil para Cristo” é incorporado ao nome oficial em 1974 e a patente é registrada em 1985, pelo pastor Ivan Nunes, na época o presidente nacional.
Nos primeiros anos, o crescimento da denominação surpreendia a todos. Diariamente, Manoel de Mello recebia convites para a realização de cruzadas evangelísticas em todo o Brasil. Milhares de pessoas lotavam praças, teatros e estádios para vê-lo pregar. Por todas as cidades onde a denominação realizava os encontros de milagres, jornais e revistas seculares estampavam manchetes como: “Um missionário faz curas na Praça Dantas Barreto”; “Um paralítico ficou andando perfeitamente”; “Um mudo falou com o repórter e uma verdadeira multidão presenciou os milagres de fé”.








Grande Concentração de Fé





Se por um lado a denominação crescia, já que diversos líderes de igrejas independentes pediam ingresso na “convenção”, por outro, o ministério sofria a oposição da própria comunidade cristã. Segundo o livro Vida e Obra do Missionário Manoel de Mello, escrito pela jornalista Valéria de Mello e lançado há dois anos por ocasião do jubileu de ouro da denominação, algumas atitudes escandalizavam a liderança conservadora. Este é o caso da liberação do uso de instrumentos musicais como guitarras e baterias dentro do templo e também a locação de teatros, estádios de futebol e casas de espetáculos para a realização de cultos de milagres. Segundo a jornalista, “diversos pastores usavam os púlpitos para recomendar membros de suas igrejas a não comparecerem às reuniões realizadas nesses ambientes”, mas nada parecia travar o crescimento.

Acusações e Perseguições

Durante a ditadura, cresceram também as acusações de curandeirismo e charlatanismo contra Manoel de Mello. No entanto, isso não o impedia de denunciar publicamente ou em fóruns internacionais, como no Conselho Mundial de Igrejas, os abusos e as injustiças do regime militar que visava impedi-lo de anunciar o Evangelho. “Mesmo sabendo que era vigiado e perseguido 24 horas por dia, não se calava diante das ameaças”, afirma pastor Ivan Nunes, que conviveu com Manoel de Mello. Segundo Valéria, não eram raras as vezes em que o missionário dizia, em cima do palco: “Aos agentes da polícia federal aqui presentes, aviso: podem ligar os seus dispositivos de gravação, agora, porque eu estou pronto para iniciar a minha pregação”. Uma ousadia que lhe custou 27 detenções, felizmente sem qualquer condenação.



Inauguração do grande templo da Pompéia, na época, o maior templo evangélico do mundo.




Mas as perseguições não foram apenas regimentalistas. A segunda onda de avivamento no Brasil, como ficou conhecido o período, trouxe descontentamento a muitas denominações, sobretudo à igreja católica. Nessa época, o Brasil viu a denominação lamentar a destruição de seus templos e edificações, como foi o caso do primeiro tabernáculo construído num terreno cedido à igreja pelo então prefeito de São Paulo, Ademar de Barros. Era 1959. Meses depois, inesperadamente, conforme o relato da edição 29 da Revista Moderna, o mesmo prefeito, “num gesto de vandalismo [...] mandou homens pela madrugada para derrubar aquela casa de Deus”.
A violência, no entanto, só contribuiu para que a denominação pudesse ver a solidariedade do povo brasileiro. Menos de 4 meses depois, muitas doações vindas de todos os estados, e até de fora da nação, possibilitaram a reconstrução de um novo tabernáculo. Cerca de 20 anos depois, no dia 1º de julho de 1979, sob a presidência nacional do pastor Olavo Nunes – o sucessor de Manoel de Mello e único líder a ser nomeado ao cargo pelo próprio missionário – a igreja inaugurou a sede nacional da denominação, um templo com capacidade para 10 mil pessoas que, na época, foi considerado o maior templo evangélico do mundo.






Missionário Manoel de Mello








A Igreja Hoje

De lá para cá, o Brasil para Cristo se notabilizou como uma das maiores instituições religiosas do país. “Avaliamos que 30% da nação já foi alcançada”, considera o ex-presidente nacional, pastor Orlando Silva, que continua: “Hoje, temos o objetivo de plantar a bandeira da denominação em duas capitais ainda: Palmas e Porto Velho. Individualmente, a maturidade cristã de um membro é o alvo de todos os nossos pastores”.
Durante todos esses anos, o lema continua o mesmo: “ganhar o Brasil para Cristo”. No entanto, isso não tem impedido a igreja de avançar além-fronteiras. Segundo Joel Stevanatto, pastor presidente da Missão Desafio – órgão do Conselho Nacional das Igrejas OBPC que viabiliza o trabalho denominacional no exterior – “atualmente temos cerca de 70 missionários atendendo a projetos de implantação de igrejas no exterior”. Hoje a denominação já tem igrejas no Paraguai, Uruguai, Bolívia, Peru e, até 2010, “nosso planejamento é plantar igrejas nos 10 países da América do Sul”.


Pastor Ivan Nunes, Porto Alegre/ RS.
Atual Presidente do Conselho Nacional das Igrejas O Brasil Para Cristo

Planos Para o Futuro

Em entrevista, pastor Ivan Nunes, de Porto Alegre (RS), filho do sucessor de Manoel de Mello - Pr. Olavo Nunes -, ex-presidente nacional entre 1981 e 1989 atual presidente do Conselho Nacional OBPC, declara: “Durante meu mandato quero priorizar 4 pilares. Em primeiro lugar, a implantação do projeto ‘Em cada casa, uma igreja, e cada crente um evangelista’, pois entendo que esta era a visão da Igreja Primitiva. Em segundo, vamos investir na capacitação teológica da liderança em exercício. Em terceiro, desejo criar projetos educacionais voltados para a formação das crianças, a futura geração da igreja. Por último, planejamos fazer uma reforma estatutária, adequando o novo estatuto aos interesses da denominação”.
Nesses 52 anos de história, 2.250 igrejas já foram plantadas, cerca de 2.000 pastores foram consagrados e hoje a denominação conta com mais de 300 mil membros espalhados por todo o país. Geração após geração, o lema é “ganhar o Brasil para Cristo”.




Um comentário:

  1. ola...irmão de fé...
    sou o Rachid corretor de imóveis...
    e estou me colocando a disposição pra vcs, caso queiram algum imóvel sendo em sp grande sp demais localidades...
    agradeço a todos...
    11 84146278 - 12 97644849
    www.rachidliv.blogspot.com
    rachidliv@gmail.com
    "DEUS É FIEL"...
    sempre...será....

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