quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Cresce perseguição contra Cristãos no Egito.



Egito - Um novo relatório sobre liberdade religiosa no Egito revelou que os cristãos coptas, que representam 10% de uma população de 80 milhões de pessoas (de acordo com o CIA factbook) enfrentam graves violações de direitos humanos e têm sido muito perseguidos. O documento de 36 páginas, compilado pela Iniciativa Egípcia pelos Direitos Civis (EIPR, em inglês), disse que o governo nega aos coptas o direito de construir igrejas e orar em casa.
As casas de alguns coptas, particularmente no sul do Egito, foram demolidas ou fechadas porque o governo suspeitava que fossem clandestinas, e que os ataques contra os coptas continuaram durante três meses, e três pessoas foram mortas. De acordo com a EIPR, a cada mês acontecem cerca de quatro ataques contra os coptas; nos últimos meses, mais de 144 ataques foram registrados em todo o país.

Adolescente cristã envia carta para presidente Obama

Ainda no Egto Dina el-Gohary, uma garota egípcia de 15 anos que se converteu do islamismo ao cristianismo, enviou um pedido para o Presidente Barack Obama, falando sobre os abusos do governo egípcio quanto à liberdade religiosa e pedindo sua intervenção. O fato foi revelado em uma matéria de Mary Abdelmassih, e publicado no site da agência de notícias Assyrian International.
Dina escreveu: “Senhor presidente Obama, somos minoria no Egito. Somos muito maltratados. O senhor disse que a minoria muçulmana na América é bem tratada, então por aqui não é da mesma forma? Estamos aprisionados em nossa própria casa porque os clérigos muçulmanos pediram que meu pai fosse morto, e agora o governo nos colocou em outra prisão: estamos cativos em nosso próprio país”.
Mary Abdelmassih afirmou que a carta escrita à mão, em árabe, publicada em sites coptas (cristãos egípcios), também declara: “Eu tenho 15 anos, mas ainda tenho esperança de que minha carta chegue até o presidente Obama”. Ela continua: “A família el-Gohary foi proibida de deixar o Egito no dia 17 de setembro de 2009, sem razões legais. No entanto, disseram que a ordem veio das autoridades”.
“Dina é a filha de Maher el-Gohary, 57, também conhecido por seu nome cristão, Peter Athanasius, que se converteu secretamente ao cristianismo há 35 anos. Em agosto de 2008, ele abriu o segundo processo de um muçulmano egípcio contra o governo para alterar, oficialmente, seus documentos de identificação para demonstrar sua nova identidade cristã. Ele perdeu o caso em junho deste ano. “De acordo com a decisão do juiz, a conversão de um muçulmano é contra a sharia (lei islâmica) e representa uma ameaça à “ordem pública” no Egito.”
Mary Abdelmassih disse que apelou da decisão e que Maher e Dina estão “escondidos” desde que ele abriu esse processo, pois os muçulmanos o chamaram de apóstata, e emitiram diversos fatwas (editos religiosos), para que ele fosse morto. Ele muda de casa diversas vezes para impedir qualquer ataque, e amigos fornecem o alimento para a família”. Maher el-Gohary (Peter Athanasius) disse: “Não podemos dormir, comer ou sair”, pois acredita que as autoridades querem que eles (ele e Dina) se convertam novamente ao islamismo. No entanto, ele declara: “Isso nunca vai acontecer, mesmo se tivermos que morar nas ruas. Nós amamos o Senhor Jesus e deixamos o islamismo para sempre”.
Maher pediu ao governo que sua nacionalidade egípcia fosse revogada, se for isso que o impede de exercer seus direitos de cidadão. “Se minha nacionalidade é a causa de meu aprisionamento, então não quero ser egípcio.”
Para ele, seria mais honroso ter a nacionalidade de qualquer outro país do que do Egito, “onde vivo com minha filha, presos em nosso apartamento e sem nenhuma liberdade”.

Nota: O Egito ocupa a 21° posição dos países que mais perseguem cristãos no mundo, segundo a classificação publicada no site Missão Portas Abertas. Para ver a classificação completa clique AQUI.

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